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ousada
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sábado, 28 de maio de 2011

Festa do Divino - Paraty


A Festa do Divino é a maior festa religiosa e popular de Paraty, são 10 dias de devoção religiosa e alegria profana. Começa 9 dias antes do Domingo de Pentecostes, que celebra a aparição do Espírito Santo aos apóstolos de Cristo, cinquenta dias após sua Ressurreição e simboliza o amor e a sabedoria.
A cor vemelha domina a comemoração e a pomba branca simboliza o Divino Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade.


Nesses 9 dias são realizadas as novenas, a cada dia os fiéis saem da casa do festeiro, com suas bandeiras vermelhas, em direção a um bairro diferente da cidade para irem em procissão à Igreja Matriz. A procissão é acompanhada de Banda de Música e da Folia do Divino que, por tradição, sai como bando precatório arrecadando dinheiro para a festa.



Na Igreja Matriz, ricamente enfeitada, acontecem as missas cantadas com as ladainhas da novena e também a distribuição de alimentos. Tem o dia do arroz, do feijão, do açúcar, do óleo, do café, do leite, do macarrão, do biscoito e da carne.


Após a novena e a missa, as pessoas se juntam para beber e comer nas barracas montadas ao lado da praça da matriz e do palco onde acontece a parte "profana" da festa que agita a cidade com atrações diárias de dança, shows musicais, show de calouros e a tradicional gincana 24 horas.




O último sábado é o dia mais esperado, começa logo cedo com a distribuição de carne para as pessoas carentes e a distribuição de comida e bebida para todos.


São muitos os voluntários que com incrível organização e carinho preparam um delicioso almoço para toda a cidade.


Logo a partir das 10hs da manhã uma longa fila, que vai serpenteando a praça e as ruas do centro histórico, começa a se formar com famílias inteiras que se deslocam dos bairros mais distantes, das zonas rurais e costeiras, para compartilhar desse almoço farto e bem servido inclusive com a distribuição também de refrigerante, doces e balas para as crianças.


No final do dia um adolescente da comunidade é coroado Imperador do Divino e irá presidir, junto com sua corte, as cerimônias até o final da festa. Assistirá à missa em um trono ricamente ornado, colocado à direita do altar, com as insígnias imperiais da coroa e do cetro de prata.


Do lado de fora da igreja receberá homenagens e assistirá apresentações de danças folclóricas como a Dança da Fita, a Dança dos Velhos e dos bonecos (o Boi, o Cavalinho e a Miota).


O último domingo começa bem cedo com a alvorada musical que acorda o povo paratiense para o último dia da festa.
Na Igreja Matriz é celebrada a Missa Solene comemorativa ao Dia de Pentecostes, presidida pelo bispo da região. Folhas de canela são espalhadas pelo chão da igreja perfumando o ambiente.


Depois da missa o cortejo formado pelo Imperador, vassalos e guarda de honra, percorre a cidade até a antiga cadeia onde um preso será simbolicamente libertado


e assiste ao "marra-paiá", dança de origem africana com bastões de madeira e guizos presos ao tornozelo (daí o nome da dança, uma deturpação da expressão amarrar o paia ou guizo) e que simula uma batalha entre dois grupos de dançarinos.



O Grupo de Moçambique, que vem da cidade vizinha de Cunha (SP) para dançar o marra-paiá já é uma tradição em Paraty. A dança é originária dos escravos e traz em seu estandarte a imagem de São Benedito.


A última procissão acontece no final da tarde após a qual o festeiro passa a bandeira mestra para o festeiro do ano seguinte que terá a incumbência de arrecadar fundos para a próxima festa, realizando durante todo o ano bingos, bazares, leilões e exposições.

Um agradecimento especial a Sueli Correa Magalhães por ceder as fotos do almoço. Sueli foi festeira em 2004.

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