A Festa Literária Internacional de Paraty 2011 chegou ao fim. O Festival deixou marcas importantes. João Ubaldo Ribeiro, por exemplo, voltou à Flip, após recusar convites em edições anteriores. João Ubaldo Ribeiro disse, entre outras curiosidades, que seu santo "nunca bateu com o de Guimarães Rosa" e que "quis escrever um livro romance bem escrito, grande e grosso", levando a plateia à gargalhada. Outro destaque foi o português Valter Hugo Mãe, que levou o público às lágrimas.
Para a próxima Flip, a homenagem será ao poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). O anúncio foi divulgado durante entrevista que avaliava os pontos altos da Flip 2011. (*Uma curiosidade é que em 2012 será comemorado o centenário do nascimento de Carlos Drummond de Andrade com 10 anos de atraso). Nasceu em Minas Gerais, em uma cidade cuja memória viria a permear parte de sua obra, Itabira. Posteriormente, foi estudar em Belo Horizonte e Nova Friburgo com os Jesuítas no Colégio Anchieta. Formado em farmácia, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, "Alguma poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguindo até seu falecimento em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua única filha, a escritora Maria Julieta Drummond de Andrade. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas.
Escultura conhecida por todos os cariocas e turistas na praia de Copacabana
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